18 de abril de 2014

S. José das Matas


Freguesia dos Envendos.
Concelho de Mação.
Aldeia na ponta de uma estrada. Para se sair volta-se para trás ou apanha-se o comboio lá em baixo, junto ao Tejo, na estação da Barca da Amieira.
Tenho recordações desta terra que enchiam aqui páginas e páginas!
Desde os verões aqui passados quando gaiata com o primo João Pedro, à fase da adolescência em que a festa da terra fazia parte da agenda e nos juntávamos quase todos os primos para vir ao baile com quermesse, procissão, leilão de bolos, frango assado e carradas de rosmaninho. Para quem não tem olfato (que é o meu caso), consigo relembrar o cheiro.
As pessoas daqui: puras, loucamente puras. Ao fim e ao cabo éramos todos primos! A aldeia é mesmo pequena!
Raras as vezes que não passei o Natal aqui.
Quando éramos pequenos inventávamos teatros e danças que apresentávamos a família depois de jantar.
Banhos de verão na Ribeira D'Eiras.
Não havia muito para fazer.
Com o crescer os apeteceres eram outros, tardes de matraquilhos, snooker e minis!
Beber litrosas à noite à porta da igreja.
Jogar jogos e contar anedotas até doer a barriga de tanto rir.
Lembro-me da Vera, do Nelson, do Bigodes, do Hugo, do Vidrinhos, da Sara, do Mário... E outros que ja não consigo dizer o nome... Porque não os vejo há anos!
A casa dos avós que ja não é o que foi, fizeram-se obras há uns 15 anos atrás, para acabar com as madeiras, os ratos e as osgas!
A casa dos avós que é a casa de nós todos, onde brincamos vezes sem conta, crescemos, comemos e bebemos, fizemos festas temáticas e festas de aniversário, festas de Natal e de Páscoa.
Onde o Tejo é estreito e o calor do verão se vê a sair da terra das estradas daqui.
Onde se fala parecido com o açoreano.
Onde não há multibanco nem bomba de combustível, mas há 3 cafés.
Como qualquer terra pequena a devoção ao santo e a deus é grande.
As festas são religiosas.
Mas não se sente.
Sente-se sim que estamos em casa, na "terra".
A terra dos avós!

10 de abril de 2014

11 horas de passeio


Primeira viagem de hoje com aproximadamente 3 horas, sentada num autocarro até algo confortável, volto aos passeios com grupos, as visitas do Estúdio Jovem, com quase 30 miúdos, maior parte na pre-adolescência, sabedores da vida e do mundo, aos olhos deles sou uma cota fixe.
Uma cota! Já senti isso, do outro lado
, quando tinha a idade deles, quando tinha 10/12 anos achava que quem tinha mais de 30 eram velhos... Ignorância!!!!
Verdade que os 30 são os novos 20 e por ai fora, apesar de não sentir que tenho 25, não sinto com toda a certeza a velhice que imaginava aos 12, que alguém com a minha idade ia ter.
As conversas não são profundas, há toda a praticidade que a tenra idade obriga. Joga-se a uma espécie de Stop, riem-se de afirmações como "Lisboa é uma cidade"...
A liberdade de ser miúdo! Saudades!
Pena de não ter valorizado esses tempos como eles mereciam... E agora sou adulta, pago as minhas contas, sou mãe.
Sou uma cota fixe... Pelo menos para estes miúdos!

1 de abril de 2014

Há males que vêm por bem!

Depois de um mês de trabalho intenso, cheio e recheado, no ultimo dia optei por, para continuar com a minha linha de participar em todas as atividades que organizamos, fazer uma aula de uma coisa chamada cross training. 
Era o ultimo dia do Mês da Juventude, a adrenalina lá em cima, os nervos à flor da pele.
Nada melhor que uma aula de "ginastica" par libertar coisas...
Uma sova de porrada!
Mas as dores: essas sabem bem, as ultimas que ainda hoje restam, e hoje é terça!, ainda sabem bem!
Saudades das aulas de Fitness...
Sabem tão bem, ao corpo e à mente... E à alma!